ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL


Para envelhecer com qualidade é preciso não apenas ter boa condição física, como também manter ativa a vida social e afetiva. Daí a expressão envelhecimento ativo, usada atualmente para referir-se ao caminho que conduz ao envelhecimento saudável.

ATITUDES RECOMENDADAS:
Cuidados com a mente: usar o cérebro (exercitá-lo com atividades mentais e intelectuais, realizar novas tarefas, ter novos desafios) reduz o risco de desenvolver doenças mentais ou, no mínimo, posterga o seu surgimento. O cuidador tem que usar a imaginação para propor atividades que mantenham a mente da pessoa idosa alerta: freqüentar clubes, grupos de terceira idade, fazer palavras cruzadas, ler jornal, arranjos de flores, etc. são apenas algumas dicas.

Emoções: sentir-se amado é bem importante. A companhia de um cachorrinho pode fazer a diferença.

Atenção à saúde do corpo: em geral, é a parte mais lembrada. Doenças crônicas, como hipertensão não controlada, são risco para problemas incapacitantes, como acidente vascular cerebral, e devem ser prevenidas bem antes de aparecer. Da mesma forma que problemas de audição, por exemplo, dificultam a comunicação com o mundo e podem levar ao isolamento social.

Atividade física: a prática pode retardar declínios funcionais, além de diminuir o aparecimento de doenças crônicas. É fundamental andar todos os dias e procurar a ajuda de fisioterapeutas antes que as dificuldades de locomoção aumentem. Exercício faz bem para o corpo e para a alma.

Alimentação: de forma geral, deve-se diminuir o sal na alimentação do idoso, pois com o envelhecimento o seu paladar diminui e a tendência é colocar muito sal na comida. A dieta com muita gordura (saturada) e com poucas frutas, legumes e verduras associada ao sedentarismo é o maior fator de risco para doenças como pressão alta, obesidade e doenças cardiovasculares.

MITO PERIGOSO:
Um dos mitos do envelhecimento é a crença de que, nos últimos anos de vida, é tarde para se adotar estilos de vida saudáveis. Ao contrário, o envolvimento em atividades físicas adequadas, alimentação adequada, abstinência de fumo e álcool e uso correto de medicamentos podem prevenir doenças, promover o declínio funcional e aumentar a longevidade e a qualidade de vida do indivíduo.

REGRAS BÁSICAS PARA QUEM CUIDA DE PESSOAS DE IDADE:
1) Aquele que acaba sendo o responsável pelos cuidados do idoso deve ser uma pessoa dotada de paciência. Além disso, precisa ter claro quais são as reais necessidades do idoso: se ele precisa apenas de um acompanhante, se ele exige assistência para algumas atividades ou se precisa de auxílio para realizar tudo.
2) Para o bem-estar de ambos - idoso e cuidador -, é importante buscar orienta­ção sobre como realizar as tarefas que terá pela frente. O que parece fácil (passar o doente da cama para a cadeira de rodas, por exemplo) pode se transformar numa tarefa complicada e trabalhosa se o cuidador não conhece a técnica mais adequada. Esse aprendizado pode ser feito com um profissional especializa­do, como um enfermeiro ou um outro cuidador.
3) Divida o trabalho com mais pessoas da família. Se puder, divida com cuidadores profissionais. Estudos mostram que quanto maior a demanda do paciente e quanto mais o cuidador assume sozinho as tarefas, maior o risco de ele sofrer do chamado estresse do cuidador.
4) Inclua a atividade de cuidador na rotina da sua vida, e não faça o contrário, substituir a rotina pela tarefa de cuidador. Isso é muito comum e traz danos ao cuidador.

PROBLEMAS COMUNS QUE EXIGEM PACIÊNCIA

Manias, preocupação com dinheiro, mesmo os que não precisariam se preocupar com isso, e repetição das mesmas frases e idéias são comuns em idosos. Além disso, nem sempre a pessoa com mais idade tem disposição para mudar. Um exemplo significativo dessa dificuldade é o uso de aparelhos para surdez. Se o idoso puder se beneficiar com eles, devem ser sugeridos bem antes de o problema ficar sério, quando será mais difícil aceitar a novidade.

PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS
Doenças cardiovasculares;
Hipertensão;
Acidente vascular cerebral;
Diabetes;
Câncer;
Doença pulmonar obstrutiva crônica;
Doenças musculoesqueléticas (como artrite e osteoporose);
Doenças neurológicas (como Alzheimer e Parkinson);
Cegueira e diminuição da visão social ou impossibilidade de interação social.
Tipos de incapacidades decorrentes de doenças
Físicas: dificuldade ou incapacidade para ouvir, falar, ser compreendido, lembrar fatos, andar.
Sociais ou emocionais: diminuição da participação na vida socioeconômica e/ou emocional, com isolamento social ou impossibilidade de interação social.

Fontes: Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); documento “Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde”, da Organização Mundial da Saúde;
Letícia Andrade, assistente social do Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

FALE COM O FISIOTERAPEUTA:
fisio.marcelo@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário